Quais são os melhores cursos superiores para o mercado de trabalho? - Unisales

O mercado de trabalho para Economia e 6 áreas de atuação em alta

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Entre 2004 e 2008, houve inflação declinante do crescimento do PIB, explicado tanto pela demanda externa exercida pelo aquecimento da economia internacional e, em especial, pela China, como também por medidas tomadas pelo governo federal que afetariam a atividade econômica e, por consequência, o mercado de trabalho, nos anos seguintes. Em 2009, a economia sofreu os impactos da crise internacional, mas recuperou-se logo em seguida, crescendo 7,5 em 2010, de tal forma que no biênio 2009-2010, a economia manteve, na média, crescimento pouco abaixo do auge representado pelos cinco anos do intervalo 2004-2008. A partir de 2011, porém, a economia adentra um período de desaceleração, que somente não teve impacto maior no mercado de trabalho porque as medidas tomadas de incentivo ao consumo ainda promoveram crescimento não desprezível no volume de ocupações criadas, especialmente nas atividades de construção civil, de comércio e reparação e de algumas atividades de serviços privados, além de empregos na administração pública. Desde 2010, como reflexo tanto da crise internacional como da desaceleração dos investimentos, a produção e o emprego industriais desaceleraram significativamente, sendo os principais responsáveis pelo fraco desempenho do PIB desde então.

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A "financeirização da riqueza", que caracterizou o capitalismo desde o início do último quarto do século XX, conforme apontaram os trabalhos seminais de François Chesnais,21 21 Ver, pelo menos, Chesnais (1996a; 1996b; 1997); Serfati (1996) e Bastos (2015). parece ter produzido aqui desdobramentos ainda mais devastadores sobre as decisões de produção industrial, dadas as historicamente e muito altas taxas de juros reais que vigoram (ainda hoje) na economia brasileira. Dessa maneira, a possibilidade de se estabelecer uma aliança de classes algo semelhante ao que ocorreu no Brasil nos tempos do nacional-desenvolvimentismo, reunindo setores organizados do mundo do trabalho e parte da burguesia industrial, parece tornar-se cada vez mais improvável, dado que juros altos e câmbio valorizado, embora não sejam, em princípio, elementos que favoreçam a criação de empregos industriais, revelam-se funcionais para a rentabilidade do capital, inclusive de empresas cujo lócus original de acumulação seja o setor produtivo.

Sua equipe econômica - alegadamente para conter pressões inflacionárias e, principalmente, para abrir espaço para posterior redução dos juros - decidiu também adotar medidas chamadas de "macroprudenciais" que, na prática, abortaram o crescimento do crédito, o que prontamente promoveu uma forte desaceleração do consumo privado, especialmente de bens duráveis (Serrano; Summa, 2015SERRANO, F. ; SUMMA, R. Aggregate Demand and the Slowdown of Brazilian Economic Growth from 2011-2014. Washington DC: Center for Economic and Policy Research, August 2015. , ). Além disso, decidiu-se pela ampliação (com efetivo cumprimento, no final do ano) de um superávit primário ainda maior do que fora praticado em 2010. Apesar de o cenário internacional não se revelar adverso em 2011 (não foram interrompidos os fluxos de capitais e a desaceleração das exportações foi pequena), o governo decidiu tomar essas medidas de restrição fiscal e de aumento de juros, que acabaram debilitando o consumo agregado e provocaram efeitos depressivos duradouros sobre os investimentos privados, ampliando o cenário de desaceleração que se materializara no final de 2010.

Entre as dificuldades de curto prazo destacam-se os efeitos da política econômica adotada pelo segundo governo Dilma e, para o médio prazo, o desafio de enfrentar sintomas do processo de desindustrialização em curso e seus impactos em termos de qualidade dos postos de trabalho a serem criados no futuro. Nas conclusões são apontados alguns fatores políticos que obstaculizam a definição de um novo padrão de crescimento. Os sinais de retomada da atividade econômica já estavam claros em meados de 2004, ano que se encerraria com a criação de milhão de empregos formais, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, um recorde até então (Gráfico 1). 3 3 Doravante, até o final desta seção, todos os dados mencionados de geração de empregos formais estão referenciados e ilustrados no Gráfico 1, a seguir.

Este estudo apontou, porém, que o forte dinamismo na geração de postos de trabalho concentrou-se em empregos de baixos rendimentos, o que parece refletir, de modo geral, dificuldade da atividade econômica para gerar ganhos sustentáveis de produtividade e, em especial, para promover expansão sustentada das atividades industriais. Um dos principais desafios que se colocam para os formuladores de política econômica brasileira e, por conseguinte, para o nosso mercado de trabalho, é justamente recuperar a capacidade de crescimento da indústria, setor de atividade responsável pelo espalhamento de ganhos de produtividade para toda a atividade econômica,20 20 Nos últimos anos, inúmeros estudos vêm se dedicando a discutir a problemática da desindustrialização, dos quais sugerimos a leitura de, pelo menos: Cano (2012), Dieese (2011) e Mattos e Fevereiro (2014), que advogam pela ideia de que está em curso um processo de desindustrialização, além de Squeff (2012), que, por outro lado, reúne argumentos críticos da hipótese de desindustrialização no Brasil. e que reúne postos de trabalho com salários acima da média dos demais setores.

A melhoria do cenário externo no início do governo Lula, com ascensão dos preços das commodities e expansão da demanda chinesa, ampliou o raio de manobra para que os governos petistas pudessem implementar seu compromisso histórico com a adoção de políticas sociais, inicialmente de maneira tímida, mas a seguir de forma mais expansiva, dado que o aquecimento inicial da atividade econômica permitiu ampliação de gastos públicos mesmo sem que tenha sido abandonado o autoatribuído objetivo de manter expressivos superávits primários. A ampliação dos gastos públicos correntes e em infraestrutura, o maior protagonismo dos bancos públicos na expansão do crédito, bem como os efeitos dos aumentos substantivos do salário mínimo real explicam o fato de que os doze anos iniciais de governos petistas produziram resultados muito melhores, em termos de geração de postos de trabalho (e redução do desemprego), de combate à pobreza e de redução da desigualdade de renda do trabalho, do que aqueles que caracterizaram os anos 1990 no Brasil. Na hora de decidir por um curso técnico em Portugal, é preciso levar em conta sua afinidade profissional e seus planos, mas também as perspectivas do mercado de trabalho. Essa redução das desigualdades de rendimentos deflagrou um amplo debate sobre as suas causas, sendo consensual que tanto o mercado de trabalho quanto as políticas sociais tiveram papel importante.

Esse cenário de retomada da atividade econômica e de ampliação do consumo, induzido tanto pela melhora do próprio mercado de trabalho quanto pelas políticas de transferência de renda, gerou expectativas positivas para os investimentos privados, esses sim (Barbosa, 2012) os principais motores do crescimento que veio a seguir. Entre 2005 e 2008, a taxa de investimento em relação ao PIB cresceu continuamente, passando de 15,9, em 2005, para 19,1, em 2008, somente retrocedendo em 2009, por efeito do rebatimento da crise do subprime. Como resultado dessa forte redução da taxa global dos investimentos, a economia perdia fôlego e os ganhos de produtividade tendiam a zero. O mercado de trabalho, porém, ainda mostrava algum dinamismo, pois alguns mecanismos que haviam sido implementados ainda no período Lula, como o aumento real do salário mínimo12 12 Em 2012, favorecido pela regra de reajuste (que incorporava os 7,5 referentes ao aumento do PIB de dois anos anteriores), o salário mínimo teve um significativo reajuste nominal, que, em termos reais, representou, no ano, ganho de 8,4.

Nesse contexto de perda de dinamismo dos investimentos e de pressões inflacionárias que só não se materializavam de forma mais efetiva por conta de uma estratégia de represamento de preços administrados, o fôlego do crescimento econômico e do dinamismo do mercado de trabalho arrefecia e isso se refletia nos dados expostos tanto no Gráfico 1 (que se refere apenas ao emprego formal) como na Tabela 1 (que inclui o conjunto da ocupação), permitindo ainda uma redução (porém, a um ritmo cada vez menor) da taxa de desemprego (Gráfico 2). Desde o início do primeiro mandato de Dilma a perda de dinamismo do mercado de trabalho era evidente. O governo reage à crise com políticas anticíclicas. O cenário só não foi pior porque o país havia acumulado reservas internacionais suficientes para suportar a reversão do cenário internacional, pelo menos por algum tempo. Entre as medidas anticíclicas destacam-se decisões de ampliação do Programa Bolsa Família, além de uma ampliação de investimentos públicos.

O papel do crescimento do PIB foi decisivo para a redução da taxa de desemprego ocorrida no período (Mattos; Lima, 2015MATTOS, F. A. M. ; LIMA, S. S. Apontamentos para o debate sobre o pleno emprego no Brasil. Economia e Sociedade, 2015 (no prelo). ), mas para tal resultado também colaborou a desaceleração do crescimento demográfico ocorrida desde o início da década, além de certa redução da taxa de participação (PEA/PIA). 15 15 A taxa de participação depende de diversos fatores, relacionados a aspectos demográficos, mas também a aspectos econômicos (como o estágio do ciclo econômico, a evolução do rendimento médio do trabalho, do rendimento médio familiar etc. ) e a aspectos institucionais (situação e regras da Previdência Social, incluindo valores dos benefícios pagos; existência ou não, e abrangência de sistemas de seguro-desemprego; facilidades para as famílias deixarem seus filhos em creches ou escolas etc. ).

Em 2013, o ganho real seria de apenas 2,4. e a expansão do crédito,13 13 A expansão do crédito em relação ao PIB continuou a ocorrer entre 2011 e 2013, e ainda em meados de 2014, principalmente devido à expansão do crédito advindo do setor público. continuaram atuando, impulsionando a massa salarial e o consumo das famílias (embora a taxas declinantes em comparação com o período 2004-2010). Ademais, o mercado de trabalho ainda aquecido propiciou condições de negociação de ganhos salariais reais, apesar das evidências de desaceleração da atividade econômica - especialmente na indústria. Canal Conecta:
Os alunos da Anhanguera também contam com o acesso ao Canal Conecta. O portal de empregabilidade do curso é um local para concorrer a vagas de estágio e de emprego, além de consultar materiais relevantes sobre currículo, entrevista de emprego e mercado de trabalho. O primeiro mandato de Dilma iniciou-se mantendo (até agosto de 2011) a política de aumento de juros que vinha ocorrendo desde fevereiro de 2010.

No caso dos trabalhadores dos segmentos informais do mercado de trabalho, o salário mínimo em ascensão tem um efeito notável, por influenciar na formação de preços dos vendedores de bens e de serviços,6 6 Conforme mostrou Souza (1980). ainda mais em contexto de aquecimento da atividade economia. Mesmo assim, sempre há carreiras em destaque. Veja quais são os melhores cursos superiores para o mercado de trabalho: Ela é bastante diversificada, já que existem oportunidades no setor privado e público sem contar a possibilidade de trabalhar como autônomo e a chance de conseguir um bom salário no fim do mês. O mercado de trabalho para a Economia é um pouco diferente das outras profissões. O Gráfico 2 mostra a evolução da taxa de desemprego (média anual), segundo informações divulgadas pela PME (tendo como referência, portanto, as seis principais regiões metropolitanas do Brasil14 14 E não o conjunto dos municípios brasileiros, como nos dados do Caged que ilustram o Gráfico 1. ). A trajetória da taxa de desemprego é claramente descendente na maior parte do período, notadamente a partir de 2004.

Instituto Politécnico de Setúbal

Todos esses elementos, bem como seus efeitos sobre a evolução da taxa de desemprego, foram analisados em Mattos e Lima (2015), não cabendo aqui, por falta de espaço, tecer considerações muito longas a seu respeito, mas apenas destacar que, tudo o mais mantido constante, a redução da taxa de participação gera redução da taxa de desemprego. Mais do que apenas tratar da expansão da ocupação, deve-se salientar que houve um processo de significativo aumento da formalização das relações de trabalho,16 16 A formalização do mercado de trabalho significa que uma proporção maior dos ocupados encontra-se protegido pela legislação trabalhista, social e previdenciária brasileira. medida como o somatório entre emprego assalariado com carteira assinada, funcionários estatutários do setor público e empregadores. O indicador de formalização do mercado de trabalho assim medido saltou de 39,9 do conjunto dos ocupados, em 2002, para 51,0 em 2013.

Houve aumento das despesas correntes, e manutenção da regra de aumento real do salário mínimo,8 8 O salário mínimo real cresceu 70 entre 2004 e 2014, o que mostra o êxito de seu programa de valorização - programa esse que foi mantido intacto pelo primeiro mandato de Dilma (o aumento real, durante o seu primeiro mandato, somente não foi mais expressivo por que o PIB cresceu menos do que no período Lula, em média). o que permitiu a ascensão das despesas com a Previdência, com o abono salarial e com o seguro-desemprego - com impactos positivos sobre o consumo. Importante também foi a expansão da oferta de crédito por parte dos bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e, notadamente, o BNDES. Essas medidas não impediram a ocorrência de uma pequena retração do PIB em 2009, mas pelo menos mantiveram um ritmo positivo de criação de postos formais de trabalho: no ano, apesar da retração de 0,2 do PIB, foram gerados 995 mil postos formais de trabalho. Como resultado dessas medidas anticíclicas, em 2010, o PIB atingiria a taxa de crescimento de 7,5, o que promoveu a geração líquida de milhões de postos formais de trabalho no ano.

Trabalho organizado por Calixtre (2014CALIXTRE, A. B. ; BIANCARELLI, A. M. ; CINTRA, M. A. M. (Ed. ) Presente e futuro do desenvolvimento brasileiro. Brasília: Ipea, 2014. ) sintetiza as contribuições teóricas e empíricas a respeito do tema. Tomando um período relativamente mais longo do que o mencionado acima, situação que permite conclusões estatisticamente mais robustas, Calixtre (2014)CALIXTRE, A. B. ; BIANCARELLI, A. M. ; CINTRA, M. A. M. (Ed. ) Presente e futuro do desenvolvimento brasileiro. Brasília: Ipea, 2014. avalia que o mercado de trabalho contribuiu com 71 do crescimento da renda entre 1992 e 2012 e foi responsável por 47 da redução da desigualdade; complementarmente, mostra que a seguridade social contribuiu com 23 do crescimento da renda no mesmo período e com 15 da redução da desigualdade, enquanto 24 da redução da desigualdade se deveram ao papel exercido pelos programas de transferência de renda (constitucionais e também pelo Bolsa Família).

Em um país como o Brasil, os momentos de verdadeiro desenvolvimento econômico sempre foram aqueles que se apoiaram na expansão do mercado interno, e assim terá que ser em breve futuro, ainda mais no momento atual da economia internacional, em que a expansão das exportações encontraria muitas dificuldades, diante da recessão mundial. O que este artigo procurou mostrar é que, apesar de termos contado com um cenário internacional favorável no período 2004-2008 (principalmente), os melhores resultados em termos de expansão da renda e de redução (embora tímida; e - agora sabemos - frágil) da desigualdade (em momento em que a mesma aumentava em quase todos os países do mundo, conforme mostraram dados reunidos em Oxfam, 2014) foram viabilizados pelas políticas voltadas para o mercado interno, como a valorização importante e duradoura do salário mínimo, a expansão das transferências de renda, o aumento do crédito para as famílias e a formalização do emprego.

Um curso técnico em Lisboa pode ser uma boa opção se você quer estudar no epicentro do mercado de trabalho mais aquecido do país. No entanto, a capital tem um custo de vida mais elevado que a média portuguesa. Em compensação, os salários em Lisboa costumam ser maiores. Para ingressar em um deles, é preciso ter o equivalente ao Ensino Fundamental completo (o 9º ano de escolaridade português). Funcionam como uma formação escolar mais voltada para a inserção de jovens no mercado de trabalho. O crescimento do valor real do salário mínimo teve efeito importante não apenas nos rendimentos auferidos no mercado de trabalho, mas também no valor real dos benefícios sociais, pois eles são atrelados ao salário mínimo. 4 4 Santos (2013) lembra que o salário mínimo ganhou impulso com a campanha realizada conjuntamente pelas centrais sindicais, e resultou numa elevação do seu poder de compra de mais de 50, entre 2003 e 2010.

O baixo patamar atingido pela taxa de desemprego em 2013/2014 acendeu um debate acerca da hipotética situação de pleno emprego que estaria vigorando na economia brasileira, ao mesmo tempo que também ensejou uma discussão a respeito das causas desse comportamento do desemprego. Mattos e Lima (2015MATTOS, F. A. M. ; LIMA, S. S. Apontamentos para o debate sobre o pleno emprego no Brasil. Economia e Sociedade, 2015 (no prelo). ) enfrentam essas duas questões. Após argumentarem, com base em resultados de um estudo econométrico, que a redução da taxa de desemprego esteve fortemente correlacionada (e determinada) pelo crescimento econômico ocorrido no período 2002-2013, os autores ponderam, com base em outros indicadores (entre os quais alguns que revelavam a existência ainda de elevada informalidade no mercado de trabalho) e tendo como referência algumas reflexões teóricas, que a economia brasileira não operava em pleno emprego em meados de 2013, apesar de ter, naquele momento, atingido o patamar mais baixo de uma longa série histórica. A recuperação da economia e a melhoria do mercado de trabalho ocorridos no período 2004-2008 contrastam com o que ocorrera entre 1998 e 2003, quando a economia operou com baixo crescimento e alta inflação.

Essa política foi fundamental para a expressiva elevação dos salários de base, das aposentadorias e pensões, dos Benefícios de Prestação Continuada (BPC) - destinados às pessoas pobres com mais de 70 anos e sem aposentadoria e de outros benefícios sociais e previdenciários (seguro-desemprego, seguro-acidentes, benefícios pagos aos afastados por doenças etc. ). Dessa forma, amplia-se a massa de rendimentos das famílias, em contexto de queda de desemprego, o que favorece novas rodadas de expansão do consumo e do crédito, ainda mais no contexto de inflação baixa permitida pela valorização cambial viabilizada pelo cenário externo. Os aumentos reais de salários (o salário real médio começa a subir significativamente a partir de 2004, e teria um aumento real acumulado de cerca de 35 entre 2004 e 2013, segundo dados oficiais do IBGE) se consolidam em um ambiente de aumento do poder de barganha dos trabalhadores dos setores mais organizados. 5 5 Estudo elaborado por Baltar et al. (2010) menciona pesquisa do Dieese segundo a qual, em cada ano entre 2005 e 2009, esteve próximo de (ou foi superior a) 90 o percentual de categorias que, em negociações coletivas, conseguiram obter reajustes salariais acima da inflação anual.

Considerando-se apenas dados de emprego formal, o cenário setorial é semelhante: os dados mais atualizados disponíveis, divulgados pelo Caged, que revelam que, neste ano 2015, até julho (inclusive; série sem ajuste), foram fechados, em termos líquidos, postos formais de trabalho, dos quais somente na Indústria de Transformação, ou seja, cerca de 42 do total; tais números sugerem concentração da crise nas atividades industriais, dado que - só para registro - estas atividades, em dezembro de 2013, segundo dados oficiais da Rais, representavam 16,9 do total de empregos formais do país (contra cerca de 17,2 em 2012 e 18,8 em 2006). Trata-se de uma trajetória preocupante do emprego na atividade industrial, a qual também tem revelado perda de participação no PIB nos anos recentes, atingindo, em 2014, um patamar de cerca de apenas 13 do PIB, semelhante ao que vigorava na economia do país antes da implementação do Plano de Metas de JK!! O "austericídio" (medidas de austeridade fiscal que, na verdade, têm provocado maior recessão e queda da arrecadação, mostrando-se autodestrutivas) do segundo mandato tende a piorar ainda mais o quadro descrito pelos dados mais recentes divulgados pela PNAD contínua ou por outras pesquisas.

O Gráfico 4 revela a evolução do perfil do emprego formal segundo faixas de remuneração, segundo a 18 Dados referem-se aos respectivos estoques de emprego formal no dia 31 de dezembro de cada ano. Os dados mostram que, entre 2002 e 2013,19 19 Os dados da Rais de 2014 ainda não foram disponibilizados pelo Ministério do Trabalho e Emprego. aumentou expressivamente o número de empregos com remuneração abaixo de dois salários mínimos, seguida por um modesto (mas nítido) crescimento dos empregos com remuneração entre dois e cinco salários mínimos, e uma relativa estagnação do número de ocupações com rendimentos de cinco salários mínimos ou mais, em valores de cada ano. Os dados que deram origem a esse Gráfico 4 mostram que entre 2002 e 2013 foram criados cerca de 14 milhões de empregos formais e que cerca de 97 deles tinham remuneração até cinco salários mínimos, e mais de três quartos até dois salários mínimos. Dessa forma, em 2013, cerca de 55 das ocupações formais tinham rendimentos equivalente a até dois salários mínimos daquele ano, e cerca de 86 até cinco salários mínimos. Em 2002, essas proporções eram iguais a, respectivamente, 39 e 78, levando em conta o salário mínimo daquele ano.

) e seus efeitos na divisão internacional do trabalho (Belluzzo, 2015BELLUZZO, L. G. M. A China, o Brasil e a indústria. Carta Capital, São Paulo, . ). A contrapartida desse declínio se concentrou na expansão da participação das ocupações do terciário, mais especificamente aquelas relacionadas a alojamento/alimentação e aos serviços de educação, saúde e sociais, além de transportes/armazenagem e comunicação.

A ampliação de "lucros de tesouraria", da mesma forma como já vinha alertando Chesnais com relação à experiência do capitalismo em países desenvolvidos, parece ter sido incorporada à prática e às estratégias dos grandes grupos empresariais sediados no Brasil. Do ponto de vista setorial, compilação de microdados das PNAD feita para redigir este artigo revela que, entre 2002 e 2013, a participação das ocupações vinculadas à indústria de transformação caiu de 15,4 para 13,7 da PEA não agrícola, tendo sido mais intensa a queda ocorrida justamente a partir de 2009, quando o cenário internacional acentuou as dificuldades de competitividade externa da indústria brasileira, diante das decisões estratégicas tomadas pela "fábrica asiática" (Bastos, 2015BASTOS, P. P. Z. Austeridade para quem? A crise global do capitalismo neoliberal e as alternativas no Brasil. Texto para Discussão 257. Instituto de Economia/Unicamp. ago. 2015.

Tal cenário aponta para uma perspectiva preocupante para o futuro desempenho da economia e, por conseguinte, do mercado de trabalho, conforme se pretende comentar a seguir. No setor jurídico, um dos melhores cursos superiores para o mercado de trabalho éDireito. Novas áreas, como a de ciência de dados ou mesmo as mais tradicionais, como societária, aquisições e tributária, são possibilidades que podem oferecer salários iniciais de mais de 15 mil reais. Esta carreira mostra claros sinais de crescimento e já figura entre os melhores cursos superiores para o mercado de trabalho. Por exemplo, em 2019, a quantidade de contratações chegou aaumentar 3,9 em um intervalo de aproximadamente 6 meses. Dentre as áreas da Biomedicina com mais oportunidades podemos destacar as de estética e de análise forense.

O crescimento da economia, potencializado pela expansão das políticas públicas já mencionadas, aqueceu o mercado interno e melhorou as condições de barganha dos trabalhadores, abrindo espaço para aumentos reais de salários (e da massa salarial), por sua vez favorecidos pela própria trajetória duradoura de um desemprego declinante, dessa forma tornando possível reverter o processo de informalização das relações de trabalho que vinha ocorrendo desde o início dos anos 1980. Além de saber como escolher uma profissão, também é essencial saber quais são os melhores cursos superiores para o mercado de trabalho. Tendo esses dois pré-requisitos em mente, fica mais fácil desenvolver uma carreira que vai te satisfazer tanto pessoal quanto profissionalmente.

Mesmo considerando-se que o valor real do salário mínimo, no referido período, aumentou expressivamente, não sendo possível comparar rendimentos reais por ocupação tomando-os por intervalos de múltiplos do salário mínimo de cada ano, os resultados do gráfico revelam um perfil de rendimentos do mercado formal de trabalho característico de uma economia de baixos salários, que parece se acentuar ao longo da década. Esse cenário é preocupante e certamente se relaciona à já mencionada perda de dinamismo da produção industrial, setor que abriga em suas atividades uma proporção de altos salários maior do que em outros setores de atividade. Nesse sentido, antes de se matricular em qualquer curso superior, procure saber quais são os melhores cursos superiores para o mercado de trabalho. Ou seja, continue a leitura deste post! O objetivo deste artigo é discutir essas mudanças e suas causas, além de apontar para as dificuldades que se colocam, no curto e no médio prazos, para a manutenção das melhorias já obtidas e para uma eventual (e desejada) estruturação do mercado de trabalho.

O curso de Economia tem o objetivo de preparar o estudante para identificar problemas, realizar análises de mercado e garantir a saúde financeira e a capacidade de expansão de uma empresa. Além disso, o profissional atua na pesquisa do mercado e estuda de modo amplo os cenários nacional e internacional. A consolidação de um arco de alianças de classe para conduzir essas transformações não é fácil, por uma série de fatores. Em primeiro lugar, porque, conforme alerta Bastos (2015BASTOS, P. P. Z. Austeridade para quem? A crise global do capitalismo neoliberal e as alternativas no Brasil. Texto para Discussão 257. Instituto de Economia/Unicamp. ago. 2015. , ), nossa burguesia industrial tornou-se compradora e rentista, adaptando-se aos desdobramentos da política macroeconômica adotada desde os anos 1990, que produziu, entre outros resultados, um processo de descontinuidade das cadeias produtivas e redução da participação da produção industrial no PIB e do emprego industrial no conjunto da ocupação, conforme procuramos argumentar neste ensaio.

2. Economia Agroindustrial

Decidiu-se também pelo aumento da liquidez, mediante a redução do compulsório dos bancos, o que viabilizou a ampliação do crédito interno. Do ponto de vista da política fiscal, as autoridades econômicas optaram por manter as despesas primárias em 2009 e 2010, apesar da queda (inicial) da arrecadação. O "ajuste" se deu pela redução do superávit primário, que caiu para uma média de 1,3 do PIB no biênio 2009-2010, contra 2,4 no triênio 2006-2008. 7 7 Ao conceder desonerações tributárias, inicialmente e para o setor automobilístico e posteriormente para produtos da "linha branca", o governo abriu mão de arrecadação, mas fomentou a manutenção do consumo ou pelo menos parte dele, evitando maior aprofundamento (e duração) da recessão, naquele momento (tais políticas, de maneira semelhante formuladas alguns anos depois, já no primeiro mandato de Dilma Rousseff, não trariam os mesmos resultados).

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